Realizamos, nesta tarde, Audiência Pública para debater a situação do Porto do Capim. Foi um momento histórico, necessário e de muita construção coletiva em defesa da memória, história e cultura da comunidade tradicional ribeirinha que vive há mais de setenta anos naquela localidade. A nossa luta visa assegurar o direito à moradia digna de forma que sejam mantidas vivas as tradições e laços consolidados através de um legado extremamente importante e qualificado. Reafirmo que a Prefeitura Municipal de João Pessoa não pode sujeitar a comunidade à uma remoção e expropriação forçada de suas moradias, através de uma política antidemocrática. A ausência da PMJP em nossa audiência traduz a falta de diálogo e a insensibilidade com a existência das 160 famílias. Queremos a comunidade do Porto do Capim viva, atuante e pulsante. Agradeço a presença do Ministério Público Federal, Defensoria Pública do Estado, Universidade Federal da Paraíba, Câmara Municipal de João Pessoa, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba, Conselho Regional de Serviço Social, Instituto de Arquitetos do Brasil, Instituto de Educação Superior da Paraíba, Movimento de Luta dos Bairros, Associação de Mulheres do Porto do Capim e várias outras representações sociais. Vamos avançar sem temer, porque o povo do Porto existe e resiste!

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