Acompanhada de professores, estudantes e trabalhadores da educação, a deputada estadual Cida Ramos (PSB) participou, nesta quinta-feira (30), da manifestação em defesa da educação e contra o corte de verbas aos institutos federais, anunciado pelo Governo Federal. Os protestos aconteceram em todo o país. Só em João Pessoa, o ato reuniu mais de 30 mil manifestantes.
Na capital paraibana, o movimento se concentrou na Universidade Federal da Paraíba e saiu em caminhada até a Praça da Paz, no bairro dos Bancários. “Nesses cinco meses de governo Bolsonaro, a situação do povo piorou consideravelmente. O desemprego atinge mais de 13,4 milhões de pessoas, sem falar do aumento abusivo do gás de cozinha, da luz e dos combustíveis. Além de penalizar os trabalhadores e os mais pobres com a proposta da reforma da Previdência, agora o Governo pretende ampliar a desigualdade no acesso ao ensino público, gratuito e de qualidade, colocando em risco a manutenção das Instituições de Ensino Superior, patrimônio de todos os brasileiros. Nós estamos mobilizados, pois sabemos e reconhecemos o potencial transformador da educação na sociedade. Hoje a aula foi na rua e o povo deixou o seu recado nas ruas”, declarou Cida.
Esta é a segunda grande mobilização no país contra os cortes anunciados pelo Governo Federal. Os primeiros atos ocorreram em 15 de maio, quando ao menos 222 cidades dos 26 estados e do Distrito Federal tiveram protestos em favor da educação.
Para Alder Julio, professor aposentado da UFPB, o ato Nacional em Defesa da Educação tem um significado ímpar de resistência. “É fundamental a participação da UFPB aliada a todas as outras instituições públicas do país, para que em conjunto possamos defender as políticas públicas de educação, além de buscar também uma grande resistência diária para tentar barrar essa barbárie que está sendo praticada e vitimando a educação brasileira”, ressaltou.
O estudante de Jornalismo, Danilo Silva, ressaltou que a luta não deve ser apenas dos segmentos educacionais, mas de toda a sociedade. “A luta é em prol da educação pública de qualidade. Estamos aqui para promover a importância da continuidade e pleno funcionamento das nossas instituições. Precisamos sucumbir esses cortes na educação, e isso só acontecerá mediante muita atuação e resistência. A luta precisa ser unificada e ampliada”, afirmou.
A professora Solange Rocha, uma das realizadoras do II Congresso de Pesquisadores/as Negros/as do Nordeste (COPENE), que acontece na UFPB, ressaltou que é preciso estar atento e em defesa da educação pública de qualidade e das cotas raciais. “A população negra e pobre tem chegado às universidades nos últimos vinte anos, através dos governos Lula e Dilma, que promoveu o acesso ao ensino superior. Neste dia tão fundamental, dizemos em alto e bom som que as vidas negras importam e que por isso estamos nas ruas em defesa dos nossos direitos”, elucidou.
Para o representante da ADUFPB, Marcelo Sitcovsky, o ato em defesa da educação serve para mostrar a força e a importância das instituições. “Esse corte feito pelo governo federal inviabiliza boa parte do orçamento das universidades federais de ensino e coloca em cheque a educação pública do país”. Marcelo também lembrou que é importante desfazer inverdades nas redes sociais. “A nossa balbúrdia é fazer ensino, pesquisa e extensão de qualidade. Esse é o patrimônio que defendemos”, finalizou.
Os protestos, em todo o Brasil, foram organizados pela UNE (União Nacional dos Estudantes), a UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) e a ANPG (Associação Nacional de Pós-graduandos). Na Paraíba, o ato contou com a participação da ADUFPB (Sindicato dos Professores da Universidade Federal da Paraíba), SINTEFPB (Sindicato dos Trabalhadores Federais da Educação), SINTESPB (Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior da Paraíba), CUT (Central Única dos Trabalhadores), entre outros.
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